Gerir as finanças pessoais pode ser uma tarefa desafiadora, especialmente quando se trata de um orçamento familiar. Com tantas despesas a considerar, pode ser fácil perder o controlo e endividar-se.
Ter um orçamento eficaz é essencial para manter as finanças em dia e alcançar os objetivos financeiros da família. Por isso mesmo, partilho contigo 5 passos simples para criares um orçamento familiar eficaz.
O que é o orçamento familiar?
O orçamento familiar é uma ferramenta de gestão financeira que ajuda a família a controlar suas despesas e receitas, onde constam todas as fontes de rendimento e todas as despesas, incluindo contas de água, luz, alimentação, entre outros.
O objetivo desta ferramenta é permitir que as famílias tenham uma visão clara das suas finanças, identificando áreas em que podem poupar dinheiro e garantir que as suas despesas estão dentro de um limite razoável.
Qual é a importância do orçamento familiar?
Embora se pense que não é necessário, saber criar e gerir um orçamento familiar é crucial para ter as finanças pessoais organizadas. Porquê? Porque:
- Permite saber quanto é que se ganha;
- Percebe-se onde é que se gasta o dinheiro;
- Identificam-se despesas que se podem reduzir;
- Inicia-se o fundo de emergência e poupanças.
Como fazer um orçamento familiar em 5 passos
Agora que sabes do que se trata, está na altura de criares o teu orçamento familiar mensal.
1) Definir objetivos
Antes de tudo, é importante definir quais os objetivos financeiros a atingir. É poupar para comprar uma casa? Poupar para viajar? Poupar para investir dinheiro e, assim, criar uma fonte de rendimento passiva? Aumentar o rendimento disponível para reforçar a conta poupança?
Tendo em mente um objetivo claro sobre o que se pretende, é mais fácil criar um orçamento familiar que cumpra com esses objetivos.
2) Identificar o rendimento mensal da família
Neste caso, é preciso não só saber o valor total mensal que o agregado familiar ganha, como também perceber que tipo de rendimentos existem, isto é, se fixos ou variáveis.
A diferença entre ambos é que o rendimento fixo é aquele que se sabe que se recebe mensalmente, como é o caso do salário. No caso do rendimento variável, não há a garantia de que ele possa existir, como por exemplo, dinheiro proveniente de inquéritos online pagos.
Ao saber quanto se recebe e qual o tipo de rendimento, é possível planear a divisão do dinheiro.
3) Identificar as despesas
Neste caso, é necessário distinguir as despesas: se são fixas (como por exemplo, rendas ou contratos de crédito habitação) ou variáveis (por exemplo, conta da luz ou da água).
Ao identificar para onde vai o dinheiro, é possível perceber se está de acordo ou não com as prioridades da família.
4) Analisar todas as despesas
Após a identificação dos gastos, está na altura de analisá-las. Há formas de reduzir a conta da eletricidade? Que cortes ou reajustes se podem fazer para que o orçamento familiar cumpra com os objetivos desejados?
5) Distinguir o essencial do acessório
Às vezes, existem despesas que, na realidade, não fazem muita falta. Portanto, está na altura de cortá-las e, assim, canalizar o seu valor para atingir os teus objetivos. Aliás, esta é uma excelente forma de poupar dinheiro no dia a dia.
Como dividir o orçamento familiar?
Depois de criares o teu orçamento, existem ainda outro aspeto a considerar: como dividi-lo?
Apesar de existirem vários modelos de gestão de dinheiro, é importante que tenhas em conta dois aspetos que ajudar-te-ão a ter um orçamento familiar e pessoal bem-sucedido:
Definir uma percentagem destinada à poupança mensal
Esta é a regra do “paga-te a ti primeiro”, defendida por muitos especialistas. Trata-se de, no início de cada mês, colocar de lado um determinado valor ou percentagem do teu rendimento mensal, com o objetivo de aumentar as tuas poupanças.
Independentemente do valor, lembra-te que é melhor pouco dinheiro do que nenhum.
Planear o pagamento de despesas
Um dos gastos “invisíveis” que podem arruinar um orçamento familiar são os custos associados às taxas e juros que se pagam por despesas pagas fora do prazo.
Para evitar este cenário, planeia os teus pagamentos de forma antecipada, isto é, antes do fim do prazo. Assim conseguirás aumentar o dinheiro disponível ao final do mês e perceber se podes, por exemplo, trocar o teu carro ou se é melhor esperar por outra altura.
Segredos para uma boa organização das finanças familiares
Uma vez mais, a disciplina e a determinação são as chaves para um orçamento bem estruturado e exequível. No entanto, a elas devem-se juntar a definição de objetivos claros e concretos. Quanto mais realistas e ajustados forem à tua realidade, maior facilidade terás em concretizar o teu orçamento familiar.
Para te poderes guiar, existem diversos modelos de gestão financeira, como o 50-30-20, em que o rendimento mensal é dividido em três partes: 50%, 30% e 20% que, respetivamente, correspondem à percentagem do orçamento familiar destinado a pagar despesas fixas, variáveis e à criação de um fundo de emergência.